Nossa História
Em meados de 1.991, eu, Max Aparecido da Cunha, ex-militar, 18 anos, estava à procura de trabalho. Passando pela rua, um amigo chamou-me aos gritos e perguntou-me se sabia de alguém interessado em comprar seu estabelecimento de reforma de estofados. Perguntei sobre o negócio e me interessei, porém não tinha nenhum centavo. Pedi a meu pai, que também não tinha muita condição financeira e ele ficou quieto não me dando nenhuma resposta definitiva. Eu ia para a empresa dele todos os dias, o rapaz me perguntava se não iria comprar o negócio e eu respondia que estava esperando meu pai receber um dinheiro. Passados mais ou menos trinta dias meu pai conversou com o rapaz fazendo a compra das máquinas e também do estoque.
Como eu não tinha experiência no negócio, combinei com o rapaz de ele ficar lá por um tempo para me ensinar, mas ele ficou somente dois dias e me deixou sozinho. Chegava serviço e eu mesmo sem saber de nada assumia o compromisso com o cliente. Até a linha da máquina de costura, quando acabava, eu ia até o concorrente pedir para ele ir colocar para mim.
O tempo foi passando e com muito esforço e dedicação fui aprendendo sozinho (tudo o que sei, aprendi sozinho graças à curiosidade que tenho desde criança) afinal não podia perder tempo pois já era papai, estava desempregado e tinha muita vontade de vencer na vida.
Contratei um funcionário para me auxiliar, e na época não era moleza, pois o nosso espaço físico era de mais ou menos uns dezoito metros quadrados e tínhamos que trabalhar na rua, em cima do passeio. Quando chovia, tínhamos que guardar todos os estofados dentro do cômodo e ficávamos parados porque não tinha espaço para trabalhar. Buscávamos sofás de carroça e muitas vezes, quando procurávamos o carroceiro, ele dizia que o cavalo estava sumido ou doente e que tínhamos que esperar. Para olhar serviço então, era a pé mesmo, às vezes eu ficava o dia inteiro para ir a um só endereço porque era muito longe.
Em meados de 1.999 abri uma filial, mas não deu certo porque eu tinha que ficar nas duas empresas ao mesmo tempo e o serviço não estava saindo do meu jeito, então resolvi fechar e ficar com uma só.
Em 2.000 mudamos para a Rua Capitão Serafim de Barros esquina com a Rua Anhanguera, onde me aperfeiçoei profissionalmente e graças a Deus temos uma ótima clientela em Jataí e em outras regiões.
Hoje, passado trinta anos, estamos com uma ampla sede própria, com a meta de indústria de estofados de altíssima qualidade (pois este sempre foi o nosso forte) e vamos atender Jataí e todo o Brasil, e quem sabe um dia até o exterior.